quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Intervenção na EA

O nosso grupo ficou encarregado de planejar e executar uma intervenção no jardim externo da Escola de Arquitetura, a partir de um diagnóstico feito desse espaço. No diagnóstico, os principais pontos levantados foram a falta de bancos, o que não permitia uma completa apropriação do lugar, e a falta de iluminação durante o período da noite.

Atendo-nos a essas questões, inicialmente pensamos em fazer uma intervenção que duraria aproximadamente uma semana e que, pelo menos por esse tempo, solucionasse esses dois problemas. Discutimos então a idéia de fazermos bancos e mesas de madeira para colocarmos em toda a área do jardim, juntamente com a ativação dos pontos de luz existentes, que não estão sendo usados há tempos. Entretanto, resolvemos estender a questão do uso também visando os moradores da região, e assim tivemos a idéia de desenharmos uma amarelinha no chão, inspirados no fato de que algumas famílias usam o jardim durante os fins de semana.

Contudo, nossa idéia para a intervenção começou a caminhar na direção de algo menos óbvio e menos concreto, visando mais um impacto visual que levasse as pessoas a pensar sobre o uso (ou a falta dele) do jardim. Assim vieram as idéias de iluminar o lugar com luzinhas de natal, ocupar a grama com siluetas de arame (transmitindo a idéia de que as pessoas podem e devem se apropriar do espaço gramado) e colocar alguns móveis dentro do laguinho existente no jardim, ação provocativa que conteria implicitamente a pergunta: “O banco está aqui, mas você se sentaria?”.

O grupo continuou seguindo essa linha de pensamento, até que chegamos à idéia final: encher o jardim com móveis de balão, e fazer uma iluminação que ponha em foco apenas os pontos onde se encontraram nossos trabalhos. O conceito dessa intervenção ainda se baseia na má utilização do lugar como um lugar de convivência, mas a questão é levantada de um modo muito mais abstrato. Construindo bancos, mesas e sofás de balão, e dispondo essas estruturas por todo o jardim, queremos que as pessoas reflitam se aquele ambiente não deveria ser mesmo mais cheio e mais freqüentado, além de fazermos com que elas realmente desejem que lá existam, de fato, móveis, uma vez que ninguém poderá usufruir de uma estrutura de balão.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

- Funcionalismo - Pesquisa

"O Funcionalismo, em arquitetura, é o princípio pelo qual o arquiteto que projeta um edifício deveria fazê-lo baseado na finalidade que terá esse edifício. Esta declaração é menos evidente do que parece em princípio e é motivo de confusão e controvérsia dentro da profissão, particularmente na visão da arquitetura moderna.
Nos primeiros anos do século XX, o arquiteto de Chicago, Louis Sullivan popularizou a frase 'a forma segue a função' para resumir sua crença de que o tamanho de um edifício, o volume, a distribuição do espaço e outras características devem ser norteadas somente pela função do edifício. Isto implica que se satisfeitos os aspectos funcionais, a beleza arquitetônica surgirá de forma natural.
As raízes da arquitetura moderna baseiam-se no trabalho do arquiteto franco-suíço Le Corbusier e o alemão Mies van der Rohe. Ambos foram funcionalistas pelo menos no ponto que seus edifícios foram radicais simplificações de estilos anteriores. Em 1923 Mies van der Rohe trabalhava em Weimar, Alemanha e havia começado sua carreira de produzir estruturas de simplificações radicais e animadas por um amor ao detalhe que alcançaram a meta de Sullivan da beleza arquitetônica inerente. São famosas as palavras de Corbusier 'uma casa é uma máquina onde vive-se nela' em seu livro Vers une architecture publicado em 1923. Este livro foi, e ainda é, muito influente e os primeiros trabalhos que fez, como a Villa Savoye em Poissy, França são tidos como protótipos de funcionalismo.
No meio da década de 1930
, o funcionalismo começou a ser discutido como uma aproximação estética, mais que como uma questão de integridade de projeto. A idéia do funcionalismo foi combinada com a carência de ornamentação, que é uma questão bem diferente. Converteu-se em um termo pejorativo associado às formas mais pobres e mais brutais de cobrir um espaço, como formas baratas e comerciais de fazer edifícios."

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Funcionalismo_(arquitetura)

sábado, 19 de setembro de 2009

Diagnóstico

O nosso grupo apresenta aqui o diagnóstico do jardim externo da Escola de Arquitetura, feito a partir de observações durante o período da noite e o da manhã.




Aspectos técnicos:

Durante o dia:
  • É um espaço arborizado, possuindo boas sombras, porém é bem iluminado.
  • Existe certa movimentação de carros e pessoas nos arredores, mas que não chega a caracterizar o lugar como "barulhento".

Durante a noite:

  • Ausência de iluminação, fazendo com que o lugar tenha um aspecto muito sombrio e pouco convidativo.
  • Pouca movimentação de carros e pessoas.


Aspectos de uso:

Tanto durante o dia quanto durante a noite o jardim é pouco usado. Não é exatamente um espaço de convívio dos alunos da E.A., como também não é um espaço muito frequentado pelos moradores da região. O lugar serve basicamente como uma passagem (na sua parte frontal) para os pedestres, e como playground de cães; a banca de jornais que fica em frente ao jardim acaba sendo o único foco de movimentação. Um dos motivos óbvios pra essa "desertificação" do espaço é a ausência de bancos, não existindo, portanto, lugares para as pessoas se acomodarem. A área do jardim é bem grande, mas como não é usufruida em todo o seu potencial, acabou ficando "apática".



Aspectos formais:

Dois dos quatro lados do jardim são cercados pelas fachadas da E.A., enquanto os outros dois se comunicam diretamente com o passeio, sendo por isso um espaço bem aberto. As fachadas do prédio possuem uma extensa área de paredes de vidro e brises de um lado e muitas janelas do outro, o que permite a comunicação visual entre o jardim e o hall interno da Escola. Entretando, como o jardim é pouco frequentado, muitas pessoas não se dão conta de que ele faz parte do prédio de Arquitetura, fazendo com que o mesmo fique "escondido".
O paisagismo do jardim é bem planejado, contudo é, talvez, um pouco monocromático demais, deixando o espaço com uma aparência um pouco monótona.






quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Tati - Hertzberger


Montagem feita com cenas do filme Mon oncle, de Jacques Tati, e com uma imagem do livro Lições de Arquitetura, de Herman Hertzberger.


quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Liu Bolin

Liu Bolin é um artista chinês nascido na década de 70. A maior parte de suas obras se consiste em fotografias de pinturas corporais, nas quais Liu utiliza seu corpo como uma tela em branco, na qual pinta de maneira a se misturar, se camuflar, com a cidade. Por conseguir desaparecer na paisagem, ele é também chamado de "homem invisível".

É um trabalho que vale a pena conhecer, pois além de muito bem executado, nos leva a refletir sobre questões além da arte.



Forklifts




City Hiding 69 - Graffiti


Soujia Village




Camouflage 17 - Police II



Mais de Liu Bolin em http://www.artnet.com/artist/425227158/liu-bolin.html

sábado, 5 de setembro de 2009

Mapa Psicogeográfico

"A psicogeografia seria uma geografia afetiva, subjetiva, que buscava cartografar as diferentes ambiências psíquicas provocadas basicamente pelas deambulações urbanas (...)."


quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Estratégias do Caminhar

Deriva - Situacionismo

"A tese central situacionista (que começou a se moldar nos anos 50) era a de que, por meio da construção de situações se chegaria à transformação revolucionária da vida cotidiana. [Isso se daria] quando os habitantes passassem de simples espectadores a construtores, transformadores e 'vivenciadores' de seus próprios espaços. Para tentar chegar a essa construção total de um ambiente, os situacionistas criaram um procedimento ou método, a psicogeografia, e uma prática ou técnica, a deriva, que estavam diretamente relacionados."

Fonte: http://www.vitruvius.com.br/arquitextos/arq000/esp176.asp



Parkour

"A atividade surgiu em meados dos anos 80 na França, encabeçada por David Belle, e atualmente possui praticantes em vários países do mundo.

É basicamente um método de treinar o corpo e torná-lo capaz de mover sempre adiante com agilidade, eficiência e controle, transpondo obstáculos naturais ou urbanos.

A atividade combina capacidades naturais do corpo humano, como saltar, correr e escalar, permitindo explorar todo o potencial físico/mental do praticante. O corpo do adepto é a sua única ferramenta, por isso o parkour é acessível a qualquer um, bastando uma roupa confortável, um par de tênis e uma mente aberta."

Fonte: http://www.pkmaxparkour.com/



Flâneur

"Flanar, do francês "flâneur", ato de andar desinteressadamente olhando vitrines, ou não, com cerca de dez mil coisas desnecessárias e imprescíndíveis que podem ficar eternamente adiadas, perambular com inteligência."

O conceito de flâneur se tornou significativo na arquitetura e no planejado urbano, descrevendo aqueles que são afetados indiretamente e não intencionalmente por um plano particular que eles experienciam durante seu trajeto pela cidade.

Fontes: http://leflaneurs.blogspot.com/
http://en.wikipedia.org/wiki/Fl%C3%A2neur