quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Intervenção na EA

O nosso grupo ficou encarregado de planejar e executar uma intervenção no jardim externo da Escola de Arquitetura, a partir de um diagnóstico feito desse espaço. No diagnóstico, os principais pontos levantados foram a falta de bancos, o que não permitia uma completa apropriação do lugar, e a falta de iluminação durante o período da noite.

Atendo-nos a essas questões, inicialmente pensamos em fazer uma intervenção que duraria aproximadamente uma semana e que, pelo menos por esse tempo, solucionasse esses dois problemas. Discutimos então a idéia de fazermos bancos e mesas de madeira para colocarmos em toda a área do jardim, juntamente com a ativação dos pontos de luz existentes, que não estão sendo usados há tempos. Entretanto, resolvemos estender a questão do uso também visando os moradores da região, e assim tivemos a idéia de desenharmos uma amarelinha no chão, inspirados no fato de que algumas famílias usam o jardim durante os fins de semana.

Contudo, nossa idéia para a intervenção começou a caminhar na direção de algo menos óbvio e menos concreto, visando mais um impacto visual que levasse as pessoas a pensar sobre o uso (ou a falta dele) do jardim. Assim vieram as idéias de iluminar o lugar com luzinhas de natal, ocupar a grama com siluetas de arame (transmitindo a idéia de que as pessoas podem e devem se apropriar do espaço gramado) e colocar alguns móveis dentro do laguinho existente no jardim, ação provocativa que conteria implicitamente a pergunta: “O banco está aqui, mas você se sentaria?”.

O grupo continuou seguindo essa linha de pensamento, até que chegamos à idéia final: encher o jardim com móveis de balão, e fazer uma iluminação que ponha em foco apenas os pontos onde se encontraram nossos trabalhos. O conceito dessa intervenção ainda se baseia na má utilização do lugar como um lugar de convivência, mas a questão é levantada de um modo muito mais abstrato. Construindo bancos, mesas e sofás de balão, e dispondo essas estruturas por todo o jardim, queremos que as pessoas reflitam se aquele ambiente não deveria ser mesmo mais cheio e mais freqüentado, além de fazermos com que elas realmente desejem que lá existam, de fato, móveis, uma vez que ninguém poderá usufruir de uma estrutura de balão.